QUE
TRISTEZA!
DIA 28/10/2011
Sexta-feira, fui ao Hospital: BENEFICÊNCIA PORTUGUESA levar uma amiga Cadeirante
(deficiente), que tem sido levada de ambulância para lá, porém neste dia foi o
dia dos funcionários públicos e por isso ela nos pediu socorro neste dia. Ela que
após cirurgia para remoção de um câncer de mama e de várias sessões “destruidoras”
de quimioterapia, agora esta encarando 33 sessões de Radioterapia. Fiquei muito
triste porque esse tratamento segundo os médicos devem ser feitos em trinta e três
dias consecutivos, (informação que ela me passou) e eu entendo que não deveria
haver falhas e que inclusive ela deveria fazer a sessão aos sábados e domingos,
mas enfim, eu não sou especialista de nenhuma das áreas: técnica e médica! Mas
me chateou muito ela não poder fazer
mais uma sessão neste dia e segundo ela não foi a primeira vez. Assim que
chegamos lá às onze e meia, fomos informadas de que uma peça do equipamento
quebrou e que técnicos foram comprar a peça e não era possível prever quando
eles chegariam com a tal peça, e que depois da chegada deles ainda seria
necessário esperar mais uma ou duas horas para liberarem a máquina para os
pacientes. Ela agüentou esperar até as
duas e meia da tarde, cansada, com fome, e com sede, porque o bebedouro de água
da rua, estava com o gosto muito ruim. No andar onde estávamos no primeiro
subsolo a cadeira dela não entrava no banheiro e o dinheiro que tínhamos no
bolso não seria suficiente para pagar o Estacionamento por mais tempo. Nos
informaram que banheiro “especial” só no piso Térreo.
Que
engraçado?
Será
que os deficientes da outra ala, dos particulares, e de pessoas que tem
convênio e dinheiro são assim?
Será
que os deficientes da ala nobre também vão ao banheiro no Térreo?
Será
que neste hospital privado e de grande porte, só EXISTE um equipamento para
radioterapia?
Será
que num hospital desses não tem e não pode ter peças reservas, guardadas para
prevenir descasos como este?
Será
que tudo isso acontece na ala nobre?
Isso é
um VEXAME!
Quer
dizer, seria um vexame se fosse verdade que no Hospital Beneficência Portuguesa
só exista um equipamento para radioterapia. Mas não tem problemas e não importa
a dificuldade dos pacientes que podem chegar lá, na ala do pessoal do SUS. Isso
não é da conta deles. Parece até que o pessoal do SUS não paga impostos, tantos
impostos? Será que não somos dignos também do mesmo respeito e consideração?!
Será
que na ala do SUS não pode ter dois equipamentos e peças reservas?
O que
me chamou a atenção também além do descaso, do desrespeito, da falta de
consideração... É que ao menos no Estacionamento e na Lanchonete somos tratados
iguais. Quem tiver DINHEIRO COME! Nestes dois locais não há diferença para “pobres”
e ricos. Experimente faltar um real para o pagamento do estacionamento? Experimente
perder o ticket do estacionamento?
Que
grande pena que os seres humanos sejam e estejam assim... perdendo a humanidade
e outras coisas mais. O amor de muitos estão se acabando mesmo. Que o SENHOR nos
guarde sempre destas pessoas. Graças a DEUS estamos nas Mãos DELE que é JUSTO
JUÍZ. Graças a Deus, Ele não faz acepção de pessoas. E diante de Deus nós os “pobres”
como eu e tantos outros do SUS temos a primazia diante DELE. Não por sermos "pobres" mas porque temos e sabemos o caminho que nos leva a Ele: Jesus Cristo. Amém e isso nos
basta. Porque depois da morte ninguém levará seus carrões, seus casarões, suas
posses, seus cofres de bancos, sua fortuna e tudo mais... Deus não se vende e
não é comprado e não adianta você ser bonitinho e bonitinha! Deus nos vê como iguais. Depois da morte você só leva o que você É,
e estará onde bem MERECER! Se aqui você se vende e é comprado, depois da morte
não tem isso não hein! Depois da morte é você e você mesmo para encarar O
Senhor! E se você não sabe o caminho para se chegar até Deus é o Senhor Jesus
Cristo. E não seus bens e todas as suas poses.
OBS: Apesar de tudo isso, é um bom hospital há alguns anos atrás meu pai foi muito bem atendido lá na ala do SUS e daí eu vi com os olhos de um idoso. Desta vez eu vi com os olhos de uma deficiente.
Rô
Santana
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Rô Santana