“A Mulher que teme ao Senhor será Louvada”

quarta-feira, 9 de março de 2011

CASAMENTO

EU  FUI  O  CULPADO!

Naquela noite, enquanto eu e minha esposa jantávamos, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela jantou sem dizer uma palavra. Mas, pude ver sofrimento em seus olhos. Ela parecia saber e sentir o que eu estava tentando lhe dizer. De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente. Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "Por que não me responde!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Mas pude ouvi-la chorando sem parar. Eu sabia que ela queria e precisava de um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa. Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim, eu não a conhecia mais. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora. No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, se quer a cumprimentei e fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia todo com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir sossegadamente. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais. Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis. Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação. Minha esposa e eu não tínhamos mais nenhum contato físico ha muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia foi totalmente estranho para mim. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu me dirigi para o escritório. No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado. No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma, certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim e eu se quer notei. No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei. No sexto dia eu estava gostando de tê-la em meus braços, de sentir seu carinho, de sentir seu corpo no meu. Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou vários deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias. A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso em não ter dado a devida atenção, em ser um marido melhor. Ela parecia carregar tanta dor e tristeza em seu coração por minha causa. Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos. Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento, quando tudo o que eu mais queria na vida era estar com ela e tê-la em meus braços, para mim, toda minha. Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas, eu quis muito beijá-la. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo". Daí eu não consegui dirigir para o trabalho fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia. Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar da minha esposa". Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Meu casamento chegou a esse ponto e foi tudo por culpa minha.  Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe. A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar muito ansioso para chegar logo em casa. Ao voltar para casa passei na floricultura e comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe". Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama e então vi o meu mundo desabando, minha mulher estava desfalecida, ela estava Morta! Como isso foi acontecer? Por que?  Infelizmente minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso. 

Texto adaptado, do blog da Mulher Virtuosa com permissão.
Por: Rô Santana

REFLETINDO!

Amadas, sobre isso tenho a dizer que infelizmente quando nos casamos caímos no grande e terrível erro de deixar de valorizar um ao outro, de investir um no outro, de querer agradar um ao outro, de querer tocar nos sentimentos um do outro, de se interessar um pelo outro etc.  É como perder todo o encanto que há tempos atrás nos uniu e nos levou até o matrimônio. Especialmente os maridos parecem não se importar mais. Deixam a educação, os bons modos, as boas maneiras e a cortesia de lado, alguns deixam até a própria vaidade. Deixam de nos tocar o sentimento com seu pequeno gesto de antes, como quando no namoro que queria agradar e faziam surpresas, mandavam flores, enviavam tele-mensagens, ligavam para ouvir a voz, escrevia bilhetinhos, cartinhas, emails, faziam questão de estarem sempre juntos um do outro, saiam juntos, passeavam de mãos dadas, apreciava tudo, apreciavam as mãos. Por que quando casamos deixamos de investir na vida um do outro? O casamento seria e é  o melhor dos momentos para a gente se dar ainda mais a conhecer e ser conhecido, e impressionar com gestos admiráveis, agradáveis, prazerosos e fazer “loucuras de amor”. Com o casamento tudo deveria ser ainda melhor que antes.  Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz. Não deixem as coisas ficarem feias. Não perca de vista que seu cônjuge precisa ser estudado sempre. Não deixe de querer aprender mais um do outro. Não fique vendo a vida passar e você se frustrar. Deixe uma boa marca na vida de seu cônjuge. Não espere ficar viúva ou viúvo para reconhecer onde errou e recompensar a outra. Não espere ficar viúvo para se arrepender de tudo de bom que você deveria ter proporcionado e desfrutado e não o fez. Viva agora o seu casamento de forma mais prazerosa e intensa para que você não tenha de que se arrepender. Não espere ficar viúvo para valorizar.

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Rô Santana